Bem, é sem dúvidas um questionamento plausível. Realmente é uma pergunta que fazemos quando estamos iniciando a educação domiciliar. Isso ocorre por alguns fatores. Primeiro é porque temos a ideia da escola em mente. Lá, são os “professores” que tem as respostas para tudo. Eu fui professor em graduação, cursos de especialização (MBAs) e outros níveis. E algo muito comum é que os alunos não são autônomos, ou seja, eles se sentam nas suas “carteiras” a espera de que o professor explique todos os detalhes de determinado assunto.
Nem mesmo o plano de ensino é lido por eles no primeiro dia de aula. Afinal, “eu estou pagando…quero que me ensinem…”
Bem, esse nosso costume advém de uma educação mais moderna e com isso, posso apresentar o segundo ponto.
Na educação domiciliar a ideia é que o aluno se torne autodidata. Eu costumo dizer que nós ensinamos os filhos para que eles aprendam a aprender. Essa é uma ideia clássica de educação. Outras abordagens partem desse mesmo pressuposto. De forma geral, é dessa forma que pais treinam os filhos.
Como descreve Callihan, Jones e Wilson (2017), “um dos propósitos primários da educação clássica consiste em preparar os estudantes para aprenderem por conta própria.
Por qual motivo estou tratando disso? Isso nos faz entender que se tudo ocorrer como planejamos e seguirmos a “cartilha” do homeschool da maneira correta, nossos filhos chegarão à idade de aprender aqueles assuntos que morremos de medo (física, matemática, química etc.) com uma capacidade autônoma.
Na educação domiciliar eles se tornam autodidatas muito cedo. Com isso, eu não preciso me preocupar como ensinarei meus filhos em matérias em que me sinto desconfortável. Provavelmente eles saberão como pesquisar os assuntos.
Além do mais, nada impede que você pontualmente contrate algum professor particular ou tutor para ajudar seu filho naquilo que ele tem dificuldade.
Se você está começando, minha dica é: não se preocupe com isso agora. É bem provável que você nunca terá problemas a esse respeito.
Faz sentido para você?
